quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Dança do Ventre tem o poder de transformar mulheres comuns em deusas - Por Eliana Fernandes


  

Nesses anos de Dança do Ventre eu tenho notado como as mulheres mudam com o passar do tempo, isto mais específicamente para aquelas que passam o dia todo como profissionais de várias áreas e a noite cumpre o papel de dona de casa, mãe e esposa, ou com as que passam o dia todo cuidando da família.
Quando elas decidem se dar um tempo de presente e procuram uma escola de dança do ventre, normalmente motivadas pelas personagens de novelas, ou vídeos da internet encontram um mundo muito diferente, a principio imaginam que vão se tornar sedutoras da noite para o dia, mas quanto mais aulas elas fazem acabam  redescobrindo cada parte do seu corpo, percebem que já não têm tanta flexibilidade e que terão que se dedicar para recuperar o tempo perdido.  Muitas desistem no caminho, pois dão de cara com uma arte milenar que faz toda diferença no feminino e que essa arte é para todas, deparam-se com seu “eu”, mas nem todas são para esta arte, então só continuam as que reapaixonaram por si mesmas, sentem a autoestima crescer, o bom humor, a alegria e passam respirar a magia da dança, esse novo ar as purifica e as transforma.
No entanto, essa entrega e conexão com a Dança do Ventre vão acontecendo ao passo que descobrem que para se tornar bailarinas não dependem de idade, peso, altura e muito menos de roupas exuberantes maquiagem, acessórios e sim de redescobrirem a mulher que está escondida atrás das atividades do dia-a-dia e voltarem a se amar. Quando esse momento chega não existe nada que possa impedí-las de virarem deusas, isso é muito lindo.
Como lagartas que saíram dos casulos e se transformam em borboletas elas sentem-se livres e vem a necessidade de estudar, aprender cada dia mais porque deusas são lindas, fortes, poderosas e capazes de conquistar o mundo.
Então se eu fosse médica indicaria a dança para a cura dos males da alma, como sou apenas uma bailarina observadora e xereta me arrisco e indico também:
Venham mulheres e façam parte de olimpo que a Dança do Ventre construiu para nós.

TEXTO: Eliana Fernandes 

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